quinta-feira, 30 de julho de 2015

Meteorologista afirma que serão necessários cinco anos de chuvas para reservatórios voltarem ao normal

Meteorologista afirma que serão necessários cinco anos de chuvas para reservatórios voltarem ao normal
 O El Niño, fenômeno meteorológico que altera o clima mundial, tem trazido consequências preocupantes para o Brasil. No sul do país, segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), as temperaturas têm ficado um 1°C acima da média histórica dos últimos 70 anos. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em ingês), 2015 deverá ser o ano mais quente da história.


A meteorologista da Climatempo Bianca Lobo diz que, nas últimas décadas, as temperaturas médias têm subido no mundo todo. Contudo, não é possível atribuir apenas à ação humana a responsabilidade pelo desequilíbrio climático. “É preciso observar, por exemplo, que hoje existem muito mais estações climáticas do que há 70, 100 anos. A própria Terra também tem períodos de resfriamento e de aquecimento natural. É claro que existe a influência humana nessa história, mas não dá para atribuir essas mudanças apenas a essa influência”, destacou.


Bianca explica que o El Niño exerce influência sobre a situação atmosférica atual, e que, por isso, as temperaturas no Brasil estão mais altas do que o normal. “No Sul, as temperaturas ficam mais altas do que a média porque as frentes frias não vêm acompanhadas de massas de ar polar. No Sudeste e no Centro-Oeste, por exemplo, as temperaturas se elevam e as chuvas ficam instáveis. No Nordeste, as chuvas diminuem bastante, especialmente no interior”, pontuou. A meteorologista se mostra preocupada com o nível atual dos reservatórios brasileiros. Para ela, são precisos quatro ou cinco anos dentro da normalidade para que reservatórios — como o do Sistema Cantareira, que abastece São Paulo, voltem para os níveis que registravam antes da crise hídrica.


pbagora

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