A presidente Dilma Rousseff (PT) foi recebida com uma maciça vaia de trabalhadores da construção civil, nesta terça-feira, durante evento do setor na zona norte de São Paulo. Dilma participa da abertura do Salão Internacional da Construção Civil (Feicon), no Cento de Convenções do Anhembi.
Antes mesmo de a petista aparecer diante da área reservada à imprensa, um grupo com cerca de 200 trabalhadores dos estandes iniciou a vaia. Ninguém, entretanto, havia sequer avistado a presidente. Por volta das 11h, quando a comitiva presidencial - na qual estavam ministros Thomas Traumann (Comunicação Social) e Gilberto Kassab (Cidades) - chegou, as vaias recomeçaram.
Entre os participantes da vaia estavam o marceneiro Paulo Sérgio da Silva, 34 anos, natural da Paraíba e o serralheiro Marcos Sena, 34 anos.
"Graças a Deus não votei nela (Dilma) e não recebo Bolsa Família, nem eu nem ninguém da minha família, a gente não é vagabundo. Essa mulher tem que sair", defendeu Paulo Sérgio.
Indagado se tinha conhecimento de quem assumiria a presidência em caso de um eventual impeachment, o marceneiro não titubeou: "o segundo lugar na eleição, né?". Nisso, Sena o corrigiu.
"Não. É o vice, Michel Temer. Não estou gostando do PT há tempos, nosso setor tem tido perdas atrás de perdas", completou.
Já a consultora de vendas Patrícia Jablkowicz, 39 anos, resumiu: "sou contra tudo o que está acontecendo; quero derrubem ela".
Já a consultora de vendas Patrícia Jablkowicz, 39 anos, resumiu: "sou contra tudo o que está acontecendo; quero derrubem ela".
Após as vaias, a área reservada aos profissionais de imagem da imprensa foi afastada do local onde estavam os trabalhadores. Na sequência, Dilma seguiu para a abertura da solenidade da feira em outro pavilhão do Anhembi.
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