Praticamente dobrou a 
procura por uma vaga no corte de cana este ano por parte de 
trabalhadores da região sertaneja, pelo menos,  é o que afirmam 
encarregados de turmas responsáveis por selecionar e levar bóias frias 
para o trabalho no interior de São Paulo.
O aumento da procura é 
devido à seca que inviabiliza o trabalho da agricultura no Sertão do 
Estado e muitos homens têm no corte de cana-de-açúcar a única esperança 
de garantir o sustento da família.
As primeiras turmas já começam ser selecionadas e devem partir para o interior paulista no início de abril.
Em poucos dias os 
trabalhadores serão submetidos a exames médicos e de comportamento 
social com o objetivo de conseguir a vaga para o emprego temporário.
O trabalhador que teve 
mal comportamento junto às empresas canavieiras, restrição criminal ou 
for diagnosticado com qualquer tipo de doença que comprometa seu 
trabalho laboral, será automaticamente desclassificado e não deverá 
viajar para trabalhar.
PREOCUPAÇÃO
Trabalhadores do Sertão 
da Paraíba já estão preocupados com o fim do emprego tempotrário. Em São
 Paulo, estado que mais produz cana-de-açúcar no país, 2014 é o prazo 
final para acabar com o uso do fogo nas lavouras mecanizadas, que hoje 
representam 84% da área plantada.
Quem vive em regiões produtoras de cana-de-açúcar sabe que quando chega a safra, chegam também as queimadas permitidas por lei.
O fogo queima a palha da
 cana e, assim, possibilita a colheita manual. Mas ele também prejudica a
 saúde e o meio-ambiente, já que libera na atmosfera grande quantidade 
de CO2, gás que promove o aquecimento global.
Nenhum combustível, nem 
mesmo o etanol de cana, pode ser considerado totalmente verde, limpo 
para usar como fogo. A saída é mecanizar a colheita, um processo que 
requer investimento alto e que já vinha acontecendo gradativamente nos 
canaviais do estado.
Há quatro anos, como 
parte das ações para adequar às lavouras aos critérios ambientais, o 
governo de São Paulo, estado que responde por mais da metade da produção
 nacional, lançou um desafio: antecipar o fim da queima da palha da 
cana.
Nas áreas mecanizáveis, a
 meta antes prevista para 2021, passou para 2014. Nas áreas 
não-mecanizáveis, ela passou de 2031 para 2017.
A adesão das usinas 
paulistas ao chamado "protocolo agroambiental" foi quase que total. 
Quando o protocolo foi assinado em 2007, apenas 34% da área de 
cana-de-açúcar do estado de São Paulo estava mecanizada. Hoje esse 
número já quase dobro.
Radar Sertanejo

 
 
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