Os 223 municípios da
Paraíba recebem hoje R$ 72,7 milhões com o pagamento da última cota de
janeiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
No acumulado do mês, o
repasse total para as prefeituras paraibanas será de R$ 195,4 milhões,
efetuado em três parcelas. De acordo a Federação dos Municípios da
Paraíba (Famup), este repasse é 8,8% menor do que o estimado pela
Secretaria da Receita Federal (SRF).
Do total a ser
depositado hoje, 20% deverá ser destinado para o Fundo de
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), além de outros descontos
relativos aos municípios que possuem previdência própria ou, ainda, com
gastos para a saúde. A primeira parcela do FPM foi paga em 10 de
janeiro, quando o repasse das verbas federais foi de R$ 90 milhões para
os municípios do Estado. A segunda parcela, no valor de R$ 32,7 milhões,
foi repassada no dia 18.
Três cidades concentram
14,9% do FPM. João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita receberam juntas
cerca de R$ 29,5 milhões em janeiro. Hoje, a prefeitura da capital
receberá R$ 9,5 milhões, além dos R$ 11,9 milhões já recebidos com as
duas parcelas anteriores. Já Campina Grande terá hoje o repasse de R$
2,4 milhões, totalizando R$ 5,3 milhões com as três parcelas. Já Santa
Rita, na região metropolitana de João Pessoa, recebe hoje R$ 1,1 milhão.
Na situação inversa,
estão 137 cidades. Por terem menos de 10 mil habitantes, cada uma dessas
prefeituras receberá, nesta terceira parcela, o repasse de R$ 156,9
mil.
O presidente da Famup,
Buba Germano, afirma que o repasse de valores abaixo das estimativas
divulgadas pela Receita Federal afeta o planejamento dos gestores
municipais. “A União divulgou uma previsão com base em um crescimento
comparado a dezembro e isso não aconteceu e isso reflete diretamente no
planejamento. É um problema nacional e não apenas dos municípios
paraibanos”, afirmou.
Buba criticou ainda a
política de incentivos fiscais adotada pelo Governo Federal, que estaria
'penalizando' os municípios. “O Governo acena com novos investimentos
para programas federais, como a construção de creches, mas para o
custeio não tem recursos. Não há perspectiva de melhora enquanto o
problema com os valores dessas transferências não for resolvido”,
afirmou orientando os prefeitos a terem cautela com os gastos públicos.
JP-Online
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