
Uma das últimas proezas políticas de Dorgival foi a eleição da filha, Tânia Nitão (PTB), em 2008, mas hoje está rompido com o grupo da prefeita e poderá não apoiar a candidatura à reeleição da gestora no próximo ano. “Só apoio se eles ajeitarem todas as obras que eu deixei, porque está tudo necessitando de reforma para servir ao povo e nada é feito”, comentou ele, ao justificar que se desligou do grupo por não estar satisfeito com o desempenho da administração municipal.
Dorgival, inclusive, deixou os quadros do partido que elegeu Tânia, o PTB, e filiou-se ao PT, e só não será candidato a prefeito porque a lei eleitoral proíbe a candidatura de familiares de gestores públicos ocupantes de cargos eletivos até o terceiro grau. “A lei me impede de ser candidato por ser o pai dela, mas, se não fosse isso, eu iria para a disputa”, enfatiza.
Ao falar de sua importância na eleição de Tânia, o ex-prefeito diz que “ela só é prefeita hoje porque eu a botei em um partido que lhe deu estabilidade partidária, sem sofrer qualquer risco de perder a legenda, mas nada teria dado certo se ela tivesse ficado no seu antigo partido, que foi tomado do marido dela e entregue ao grupo adversário”.
Dorgival esclarece que assim que assumiu o comando do PTB em Santana, a pedido de Armando Abílio, tratou logo de filiar a filha para garantir a candidatura dela, decisão acertada, já que, dias depois, a legenda onde Tânia estava foi tomada pelos seus adversários exatamente para impedir que ela fosse candidata, mas não conseguiram porque o ex-prefeito anteviu o problema e deu uma solução ao fato mesmo antes dele ocorrer.
Se Dorgival foi importante ao garantir estabilidade partidária para a filha, também foi fundamental na luta pelo voto, dando um expressivo contributo para a eleição de Tânia, que agora poderá não ter mais o apoio do pai. “Mas hoje eles estão no poder: tem todas as condições de ganhar a campanha sem precisar de mim”, comenta o ex-prefeito.
Folha do Vali
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