quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Pressão popular obriga vereadores baixarem salários: teve até padre na briga


Uma mobilização popular de moradores de duas cidades do Paraná conseguiu baixar os salários de vereadores que ganhavam R$ 6.200 por mês para comparecer uma vez por semana a uma sessão que dura, em média, duas horas.

Reunidos na Câmara Municipal de Jacarezinho, ao norte do estado, dezenas de pessoas protestaram contra o valor recebido pelos políticos. Ainda não foi possível aprovar a redução para R$ 788, mas nesta semana, após serem pressionados, os vereadores tiveram 30% dos vencimentos cortados, valendo a partir da próxima legislatura.

Na mesma sessão, também foi revogada a medida que aumentava o número de cadeiras na Câmara Municipal de nove para 13. Nesse caso, no entanto, a segunda discussão só pode ser feita em um intervalo mínimo de 10 dias.

A 20km da cidade, em Santo Antônio da Platina, uma nova vitória. Há poucas semanas, uma empresária mobilizou a população para ocupar a Câmara em um dia em que os vereadores aprovavam um aumento salarial para a futura gestão: de R$ 3,7 mil para R$ 7,5 mil. Resultado: a ideia não foi aprovada.

Agora foi Mauá da Serra, no norte do Paraná. Durante a missa o padre Aparecido Porto de Jesus (foto) pediu a redução de salários dos vereadores. Após sofre pressão dos políticos o padre venceu o combate e os vereadores baixaram os salários. 

Pela Constituição, os vereadores podem ganhar entre 20% e 75% dos salários dos deputados estaduais, que por sua vez correspondem a até 75% dos subsídios dos deputados federais, que é de R$ 33.763.

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