Entre janeiro e a terceira semana de março deste ano, cerca de 4 mil pessoas foram internadas com os sintomas da doença
A Secretaria de Saúde do município de Itaporanga, no Sertão da Paraíba, a 420 km de João Pessoa, investiga a morte de 11 pessoas com suspeita da febre chikungunya, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. As vítimas morreram entre janeiro e a terceira semana de março deste ano. No mesmo período, cerca de 4 mil pessoas foram internadas com os sintomas da doença.
De acordo com Ivanir Pinto, secretária de Saúde de Itaporanga, os primeiros exames feitos comprovaram que as pessoas que morreram já estavam se tratando de outra enfermidade. “As vítimas já tinham outras comorbidades. Exames comprovaram que algumas das pessoas se tratavam de câncer, outra de cirrose e outras de doenças hepáticas. Entretanto, tudo está sendo analisado por equipes especializadas”, disse.
Dados da prefeitura local concluíram que a cidade passa por uma endemia da doença. Os casos de chikungunya mais que dobraram com relação ao mesmo período do ano passado. A Secretaria de Saúde municipal confirmou que há um surto da doença.
A secretária também disse que houve um reforço no número de funcionários para atender a demanda nas unidades de saúde locais, que cresceu mais de 60%. “Para se ter uma ideia, triplicou o número de soro, de vitaminas do complexo B e C, além de material usado. Nos últimos dias deu uma amenizada, mas o caso é grave”, lamentou.
Força-tarefa
A pasta da Saúde está executando uma força-tarefa para impedir a proliferação de casos da febre chikungunya. Foi realizado um levantamento das áreas com maior risco de criadouros do mosquito transmissor da doença. Os locais passaram por borrifações e intensa campanha para que as comunidades promovam a principal forma de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: higiene e guerra contra a água parada.
“Estamos fazendo o nosso papel no combate. Equipes estão indo às casas e já houve caso que os profissionais foram recebidos por um homem armado. Os agentes já encontraram larvas do mosquito em água potável – que estava sendo consumida por um morador – e até nos reservatórios.
Portal Correio
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