Há mais de 100 anos a Igreja Católica Apostólica Romana excomungou o Padre Cícero Romão Batista. Primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, Deputado Federal e Vice-governador do Estado do Ceará, ele é adorado em todo Brasil e símbolo do desenvolvimento de Juazeiro, que movimenta sua economia com o turismo religioso. Os números são impressionantes: 2,5 milhões de romeiros visitam todo ano o túmulo de Padre Cícero.
O motivo que o afastou da igreja é até hoje motivo de polêmica. No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo se transformou em sangue na boca dela. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera um milagre em Juazeiro.
O bispo Dom Joaquim José Vieira nomeou uma comissão para investigar o caso. A comissão concluiu que não houve milagre, mas sim um embuste. Padre Cícero perdeu as ordens sacerdotais.
Em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII conseguindo sua absolvição. No entanto, ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano foi revista e padre Cícero teria sido excomungado.
Neste domingo (13) O bispo da diocese de Crato, no Ceará, dom Fernando Panico, divulgou que o Padre Cícero foi perdoado pelo Vaticano das punições impostas pela igreja Católica entre 1892 a 1916. A reconciliação é um passo definitivo para a reabilitação de padre Cícero na Igreja Católica, o que pode levar a sua canonização.
Blog do Junior Duarte
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