sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Começa hoje a 10ª Festa da Mandioca em Lagoa de São João

O Projeto Produção de Derivados da Mandioca na Serra do Teixeira, implantado há três anos pelo Sebrae na região, já conseguiu aumentar em 20% a produção na cidade de Princesa Isabel. Atualmente, produtores das comunidades de Lagoa de São João, Cedro, Moça Bonita, Macambira e Lagoa da Cruz colhem anualmente 16,5 toneladas por hectare. No município de Tavares, onde o projeto é mais recente, ainda não há números.
Para facilitar a comercialização, no mês de outubro um designer do Sebrae elaborou a marca Lagoa de São João, nome de uma das comunidades envolvidas no projeto e que é conhecida pela qualidade da farinha produzida. Neste momento, está sendo trabalhada a embalagem do produto, que deve buscar o mercado de outros estados além de Pernambuco, onde, por conta da proximidade geográfica, ele já é consumido. A pretensão dos produtores é que posteriormente também haja interesse de industrialização dos derivados da mandioca, o que ainda não existe até o momento, além da venda nos supermercados. Nos municípios de Princesa Isabel e Tavares, 225 produtores já trabalham com a mandioca e, embora este não seja o principal produto da região, que é o feijão, muitas famílias vivem e se sustentam em torno do plantio de mandioca.
A expectativa, inclusive, é de atingir um crescimento ainda mais expressivo da produção na Serra do Teixeira, já que outros 40 produtores estão procurando os escritórios do Sebrae para ampliar o plantio para novas áreas, informou o gestor do Projeto, Pablo Evaristo de Queiroz. Culinária e alvenaria - Além do aumento da produção, através de uma maior organização, da modernização das casas de farinha e de orientações sobre uma melhor exploração da atividade e de dicas de empreendedorismo, o projeto tem realizado cursos de diversificação da culinária com a mandioca, que segundo a coordenadora regional da Emater, Tereza Cristina Pereira de Carvalho, tem 100% de aproveitamento. Entre os produtos, estão lasanhas, beijus, brigadeiros, sorvetes, tapiocas, nhoques, pizzas, entre outros. Eles foram apresentados na festa da Mandioca, realizada em Princesa Isabel, e a Expomandioca, em Tavares, no segundo semestre deste ano e tiveram grande aceitação. As mulheres pretendem inclusive, colocar pontos de venda na cidade para comercializar os derivados da mandioca produzidos por elas. Para isso, através da Associação dos produtores, o Sebrae está realizando cursos que orientam sobre a organização social, a forma de trabalhar o mercado, a marca e a comercialização de uma forma mais organizada. À parte a confecção de alimentos, através do aproveitamento da raiz e da farinha, o líquido extraído da mandioca ralada, manipueira, tem sido utilizado para a confecção de tijolos, que consiste uma das maiores inovações com o produto na região. Geração de empregos - Há alguns anos a mandioca era considerada cultura de pobre e destinava-se quase que exclusivamente à produção de farinha comum de mesa, diz a coordenadora regional da Emater/Princesa Isabel, Tereza Cristina. Hoje, superada a sua fase de declínio e cultivada em mais de 80 países, representa grande expansão econômica e está sendo desenvolvida do mini ao grande produtor, devido às vantagens que oferece em termos de renda e alternativa alimentar tanto para as populações quanto para os animais. A cultura da mandioca é hoje uma das principais atividades geradoras de emprego e renda de Princesa Isabel e tem sido incentivada na Paraíba através da pesquisa agrícola realizada por intermédio da Emepa e Embrapa e com orientações técnicas da Emater. Conforme os extensionistas da área, Princesa Isabel é uma das regiões de melhor desempenho agrícola do Estado, comercializando o produto em feiras livres e supermercados de várias regiões da Paraíba e estados vizinhos como Pernambuco e Ceará. A expansão da cultura no município conta atualmente com apoio do Pacto de Cooperação da Serra do Teixeira por meio de parcerias com o Governo do Estado, Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Emater-PB, Sebrae, Prefeitura Local, associações rurais, Banco do Nordeste e Banco do Brasil. 
 
Creditos Blog de Sabrina

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