Três dias após os
assaltos ocorridos no município de Princesa Isabel, as instituições
bancárias vítimas dos bandidos divulgaram o valor levado pelos cerca de
10 criminosos que aterrorizaram a população por quase uma hora, na
terça-feira, 28.
Da agência do Banco do
Brasil, foi roubada uma quantia estimada em R$ 800 mil, enquanto que no
Bradesco foi subtraído um valor aproximado de R$ 300 mil.
Segundo a delegada de
Princesa Isabel, Rosana Gomes, não foram confirmadas as informações
iniciais de que a casa lotérica da cidade também tenha sido alvo da
quadrilha.
Conforme ela explicou, a delegacia não recebeu nenhuma queixa por parte do estabelecimento sobre o roubo.
Enquanto a cidade
restabelece sua rotina, as polícias da Paraíba e de Pernambuco continuam
em busca da quadrilha que cometeu o crime, composta por no mínimo 10
homens. Na noite da última quinta-feira, um suspeito de integrar o grupo
foi preso na zona rural de Carnaíba, Sertão de Pernambuco. Paulo César
de Lima, 29 anos, foi detido nas proximidades de um matagal.
Após denúncias da
população, que estranhou a atitude suspeita do homem, os policiais o
encontraram saindo do mato, com uma série de arranhões no corpo, o que
poderia indicar que ele estava andando pela área há algum tempo. O
suspeito foi trazido para a Paraíba e ficará detido na Delegacia
Regional de Patos enquanto estiver sendo investigado.
De acordo com
informações da Delegacia de Afogados da Ingazeira, para onde ele foi
inicialmente levado, Paulo se contradisse em seus depoimentos, hora
dizendo que havia sido sequestrado e estava no mato, hora dizendo que
era natural de Garanhuns (PE) e que estava em busca do seu carro que foi
roubado na região. O nome apresentado pelo suspeito consta no banco de
dados que ele é da Paraíba, mas sua carteira de habilitação é do Estado
do Mato Grosso.
Ele disse ser morador do
município de Garanhuns, mas o endereço fornecido não existe. Com o
suspeito também foram apreendidos um anel de ouro e uma quantia não
especificada em dinheiro.
Segundo o delegado de
Afogados da Ingazeira, Jorge Damasceno, é necessário que seja mantida a
prisão do acusado, pois a polícia acredita que os depoimentos dele serão
essenciais para que os órgãos de segurança consigam chegar ao restante
da quadrilha. Conforme o delegado explicou, existe a suspeita de que ele
possa ser um integrante da quadrilha que tenha saído do esconderijo do
grupo para comprar água e comida. "Temos fortes indícios de participação
de direta e indireta, mas é preciso aprofundar as investigações. A
manutenção da prisão é imprescindível para averiguar", disse.
Três dias após o crime,
policiais militares da Paraíba e de Pernambuco continuam a procurar os
criminosos na região dos municípios de Flores e Carnaíba, em Pernambuco.
Com o passar dos dias, o efetivo inicial de 200 homens foi reduzido
para 100, uma vez que a polícia também trabalha com a hipótese de que os
criminosos não estejam mais na região. O helicóptero da polícia de
Pernambuco que estava fazendo busca nas regiões também não está mais
sobrevoando a região.
Jornal da Paraíba
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